quinta-feira, 5 de junho de 2014

The Great Gatsby, old sport.

O Grande Gatsby (The Great Gatsby) é um romance escrito pelo F. Scott Fitzgerald, publicado pela primeira vez em 1925, que não teve um bom reconhecimento em sua época. Grande clássico da Era do Jazz, o livro tem como principal alvo uma crítica ao sonho americano. 


A história tem como pano de fundo os Estados Unidos de 1922, que contou com um período de prosperidade em diversas áreas, sobretudo na econômica. Inclusive, Nick Carraway, narrador da história, tem o intuito de trabalhar em Wall Street. 

"Um jovem comerciante de Midwest, torna-se amigo de seu vizinho Jay Gatsby, um bilionário conhecido pelas festas animadas que dava na sua mansão em Long Island. A fortuna de Gatsby é motivo de rumores; nenhum dos convidados que Nick conhece nas grandes festas de Gatsby sabe muito bem sobre o passado do anfitrião." Essas grandes festas eram sempre realizadas ao sábado, e contava com a presença de centenas de estranhos e parte da elite norte-americana da época. O anfitrião? era um mito. Muitos indagavam que já estava morto e poucos realmente o conheciam.




  
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

A narrativa gira em torno disso: a amizade entre Gatsby e Nick, e seus desdobramentos. Sendo um deles, o "getting to know better" o Jay e seus mais infames segredos. Nick também é primo do grande amor da vida de Gatsby (Daisy), e essa trama passa a ser mais explorada ao longo do enredo.


(Impressões de leitura e ao assistir ao filme)
Por ser um dos -senão o maior- clássico da literatura norte-americana, tive a oportunidade de ler o livro muito antes de o filme ser lançado. Portanto, não lembro precisamente de detalhes e diferenças entre os dois, apesar de saber que absolutamente nada crucial foi modificado na adaptação (uma das melhores, diga-se de passagem). 

Co-escrito e dirigido por Baz Luhrmann, a grande produção da Warner Bros (quinta adaptação cinematográfica) tem como Gatsby, o Leonardo DiCaprio. O filme foi produzido durante o período entre 2011-2012 e lançado posteriormente em 2013. Também foi indicado ao Oscar em duas categorias, tendo ganhado em ambas (Melhor direção de Arte e Melhor Figurino).










                                                                                                                                                                                      

O filme conta com cenários extravagantes e belíssimas atuações.

Quando terminei de ler o livro: "Ok. Livro excelente. Mais uma história trágica na minha vida. Meu tipo favorito."

Quando terminei de assistir ao filme: "Uau. Fenomenal. Espetacular. Replay"; e apesar desses breves comentários, indico os dois pelo simples motivo de::: é assim que se faz. ;) Eu havia gostado muito do livro, mas acredito que esse seja um dos raros casos em que a história funciona melhor com a adaptação cinematográfica. 




A edição que li (Penguin-Companhia -selo da Companhia das Letras-) em que a personagem da qual menos gosto encontra-se na capa, possui apenas 184 páginas, ou seja, o livro é muito pequeno e foi bem reproduzido num filme de 2 horas e alguns minutos. É claro que alguns diálogos/cenas ficaram de fora, isso é imprescindível na adaptação de qualquer obra. No entanto, fiquei feliz com as escolhas desse roteirista; até porque, em alguns momentos, há falas no filme que são exatamente as mesmas encontradas no livro (isso geralmente é algo que me extasia quando tenho a experiência de poder "ver o que li"). 

A edição da Companhia também conta com uma introdução para Gatsby e um pequeno relato biográfico do Fitzgerald, além de muitas notas de rodapé relevantes para o bom entendimento do enredo (tais como informações sobre a sociedade na qual os personagens viviam, obras de arte citadas, entre outras).



Outros fatores contribuintes para a minha inclinação a favor do filme são:

1) Não consigo pensar em ninguém melhor para a interpretação do Nick Carraway (Tobey Maguire), assim como o Jay Gatsby (Leo "Jack" DiCaprio). 
2) No filme podemos ver com mais clareza a notoriedade que olhos do Dr. T.J. Eckelburg possui: a verdadeira presença etérea que eles representam. 
3) Apesar da excelente narrativa descritiva que o Fitzgerald nos apresenta, a verdadeira experiência de estar numa das festas espetaculares do Gatsby só é obtida através do filme, sem sombra de dúvida. 





The Great Gatsby é um clássico cuja história tive muito prazer em ler e ser emocionado. É uma obra que se você ainda não deu uma chance, esteja certo de que perde por esperar. 

"Às vezes Gatsby fica entalado em nossa garganta, às vezes ele nos cativa o coração. talvez ele seja como os livros de sua biblioteca: 'absolutamente verdadeiro' onde menos se espera, mas completamente ilegível porque suas páginas internas não foram cortadas." -Tony Tanner.