domingo, 5 de outubro de 2014

The Goldfinch/ O Pintassilgo (complemento ao vídeo)

Olá, queridos leitores ;)

(esse post é um complemento a esse vídeo)
Primeiramente devo sinalizar que não sou/não tenho nenhuma especialização na área da tradução. Sou um mero leitor e já me deparei, na grande maioria das vezes, com traduções porcas.
Bem, já que o tema desse post está estabelecido, vamos começar, shall we? O livro em questão é O Pintassilgo (recentemente publicado pela Companhia das Letras) cujo título original é The Goldfinch, da Donna Tartt, livro pelo qual ela recebeu vários prêmios literários, dentre eles, o Pulitzer.




Antes de ter pesquisado um pouco mais sobre a autora, eu podia jurar que The Goldfinch havia sido lançado neste ano (2014), portanto, me espantei com a rapidez da Companhia das Letras ao traduzi-lo, e logo fiquei preocupado com a qualidade dessa tradução, até então considerada por mim, apressada demais. (Já falei sobre isso aqui.)



Mas eu não poderia estar mais enganado sobre 2 coisas:
1a: The Goldfinch foi publicado em 2013, pela Little Brown (<3) ou seja, pouco menos de um ano para que a Companhia das Letras conseguisse os direitos autorais e traduzisse (um tempo relativamente bom para tal).
2a: A tradução e revisão de O Pintassilgo são muito boas. Muito mesmo.

Não sei a quem está designada a função de fazer com que o texto original não se perca na hora de traduzir. Vai que o tradutor fez de uma forma, e o revisor pensou que outra alternativa seria melhor? Mas o meu intuito ao sinalizar isso é dizer que tanto a revisão, como a tradução "andam de mãos dadas", e um bom exemplo disso é o texto encontrado nO Pintassilgo.




O que reparei nessa tradução é que as expressões idiomáticas inglesas foram muito bem adaptadas e transpostas de acordo com a nossa cultura, e as nossas próprias expressões. Exemplos dessas boas adaptações encontramos nos diálogos dos personagens (infelizmente não pude mostrar a vocês porque há spoilers nesses trechos). Além de, é claro, muito do texto original não se perdeu. A prosa "Tarttiana" é bastante descritiva, e isso é algo com o qual devemos nos preocupar numa tradução, caso o tradutor escolha se dedicar muito a determinado capítulo, e a outro nem tanto assim. (por cansaço, ou outro motivo qualquer).
Portanto, tirei algumas fotos de trechos espalhados pelo livro (foquei nos mais descritivos) para que vocês pudessem ter uma noção de como esta é uma boa tradução.
Lembrando que: fiquem tranquilos, não há spoilers nos trechos aqui mostrados.

Vamos lá.

























Bem.. Agora um photoshoot do pintassilgo lindo ;)





Diferentemente da edição brasileira, a da Litte Brown conta com uma ilustração do verdadeiro quadro (Het Puttertje) como podemos ver na última foto acima.

Bem, como eu disse no vídeo, O Pintassilgo foi pintado pelo Carel Fabritius, mas deixei de mencionar diversas curiosidades sobre esse grande artista do século XVII.

A começar pelo fato de ele ter sido discípulo de ninguém mais, ninguém menos que Rembrandt, ele também foi mestre do Vermeer. Que é simplesmente o carinha que pintou um dos quadros mais incríveis na face da Terra (que também se encontra no museu Mauritshuis), o também conhecido como: Girl with a Pearl Earring, como você pode ver abaixo:

Het Meisje met de Parel (1665)

Essa incrível obra de arte também inspirou a Tracy Chevalier (autora) a escrever um romance homônimo sobre o suposto e ficcional processo de criação dessa obra, tendo como um de de seus personagens principais, o próprio Vermeer. O livro também foi adaptado para a telinha, tendo como seus protagonitas principais a Scarlett Johansson (The Girl) e o Colin Firth (Vermeer). 
Eu mal posso esperar para poder entrar em contato com essas duas obras, e assim que eu o fizer, venho aqui e conto a vocês o que achei. ^^


Espero que vocês tenham gostado do post, guys! Kirk out.